A contratação de Toni em dezembro último, rendendo João Carlos Pereira, foi feita no intuito de o novo treinador "salvar" o Belenenses da despromoção. O certo é que se passaram 11 jornadas e a equipa não conseguiu sair da cauda da classificação. Um cenário que Toni tem contrariado com um discurso positivo - "continuamos na luta e não vamos desistir", disse após o nulo em Paços de Ferreira - mas que nas opções técnicas evidencia já uma aposta no futuro... na Liga de Honra.
A renovação azul segundo Toni voltou a evidenciar-se na Mata Real. Com os capitães Zé Pedro e Cândido Costa no banco de suplentes (Beto e Fajardo nem sequer foram convocados), o treinador, de 48 anos, voltou a apostar nos jovens, tendo mesmo estreado o avançado Romário na Liga. Aliás, a média de idades da equipa que entrou em Paços - 24,5 anos (sendo Miguelito o mais velho com 29 anos e André Almeida o mais novo, com 19) - é sinónimo da revolução que Toni tem imposto no clube, porventura já a pensar na Liga de Honra onde a realidade desportiva e económica é bem diferente daquela que se verifica no escalão principal.
...e Lima
Caso curioso têm sido as apostas ofensivas, numa equipa onde os melhores marcadores (Lima e Yontcha) têm ambos 5 golos e a mesma idade... 26 anos. O camaronês não tem sido uma opção sistemática do técnico (também ficou de fora dos convocados com os pacenses), enquanto o brasileiro Lima (a par de Mano) tem sido sempre titular desde que o novo treinador chegou ao Restelo. A aposta no n.º 90 é compreensível, não só pelo sistema de jogo que Toni privilegia o 4x3x3, mas pela versatilidade do brasileiro, neste momento é a mais-valia do clube.
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