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Belenenses Sempre

10 julho 2014

Tensão é o prato do dia entre SAD e clubes

RELAÇÕES CONFLITUOSAS, ACUSAÇÕES E INCUMPRIMENTOS TÊM SIDO AS QUEIXAS MAIS HABITUAIS

O advento das SAD em Portugal foi causado pela necessidade de trazer mais transparência ao futebol. No entanto, a coabitação entre clubes e respetivas sociedades, quando estas estão sob “controlo externo”, tem sido marcada por relações difíceis.
Se atentarmos aos escalões profissionais, detetamos sinais de fumo em diversos clubes. E nunca há fumo sem fogo, conforme atestam os casos de Belenenses, Beira-Mar, Olhanense e Atlético, cujas relações entre clube e SAD têm-se destacado pela negativa, com acusações de incumprimento e ameaças de tribunal, enquadrados num plano desportivo de pouco vigor, futebolisticamente e financeiramente falando.
O Belenenses viveu na época passada diversos sobressaltos entre o líder da SAD, Rui Pedro Soares, e o presidente do clube, António Soares, com o projeto imobiliário do Restelo em pano de fundo. Chegado ao escalão maior, 2013/14 trouxe no Restelo uma instabilidade que a subida de divisão na época anterior tinha apagado. “Os terrenos deviam ser afetos à vertente desportiva”, afirmou Rui Pedro Soares, com o líder do clube, António Soares, a ripostar que “não devia meter-se onde não é chamado”. Eis um exemplo das relações internas do clube do Restelo.
Desconhecimento
Recém-saído da 1.ª Liga, o Olhanense não navega por águas mais calmas. O projeto desportivo do italiano Igor Campedelli valeu a descida à 2.ª Liga, após uma época que contou com três treinadores. A decisão de utilizar o Estádio do Algarve afastou os sócios da equipa – houve assistências na ordem dos 300 espectadores – e o desconhecimento do futebol nacional motivou a falta de entendimento entre os líderes algarvios. No entanto, a descida veio alterar o paradigma e os erros do passado parecem identificados para não serem repetidos.
Abundam exemplos de dificuldades nas relações entre clubes e SAD. O Atlético é paradigmático (ver peça em baixo), mas também o Beira-Mar não consegue estabilizar. A gestão de Mijad Physiar foi marcada por rivalidades e lutas internas, que só a entrada de Omar Scafuro veio acalmar. Contudo, correm processos em tribunal que envolvem burla.
Fundos estrangeiros, representantes de empresários e desfasamento da realidade portuguesa são apontados como as causas principais para as relações difíceis entre clubes e SAD, um mal que o Estoril soube contornar, sendo dos poucos exemplos de sucesso em Portugal.
RAIOS X ÀS SAD EM PORTUGAL
Belenenses - O início da SAD azul não foi isenta de problemas. Na sua génese, os sócios do clube do Restelo contestaram o processo, acusando a direção de ter excedido as suas funções. A entrada de Rui Pedro Soares na SAD belenense veio constituir um novo fôlego para os lisboetas, com a injeção de capital num clube que não tinha condições de honrar os seus compromissos. A convivência inicial foi pacífica – motivada pelos resultados desportivos, com a subida à 1.ª Liga – mas recentemente tem dado sinais de fragilidade, com os terrenos do Restelo no olho do furacão.

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