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Belenenses Sempre

18 maio 2014

O nosso projeto mais aliciante

José Luís Pinto Basto (The Edge Group) e António Soares (na fotografia) apresentam a “Cidade Belenenses”.
Depois de no passado sábado os sócios terem fica do a saber primeiras linhas gerais do projeto ‘Cidade Belenenses’, dada a conhecer por A BOLA, em primeira mão, a 12 de abril, José Luís Pinto Basto, CEO do The Edge Group, o investidor do projeto de requalificação, fala pela primeira vez sobre as ideias e as linhas mestras desta parceria, cujo resultado final, ainda sujeito à aprovação dos sócios, será conhecido apenas em 2017, com a conclusão total das obras.
«O Belenenses há mais de uma década que tenta requalificar a zona do Restelo, que tem grande potencial e da qual o clube tira pouco partido. Vai utilizando o pavilhão e o campo de treino, mas nem esses têm condições ideais. Nós em 2010 tivemos conhecimento desse interesse, viemos falar com o presidente da altura (João Almeida) e apresentámos uma proposta, que não se efetivou. Há seis meses voltámos a conversar e o interesse mantinha-se. É um projeto viável com retomo interessante para ambas as partes», garante José Luís Pinto Basto, confessando o desafio nesta requalificação: «Não é o nosso maior projeto, e seguramente não é o que dará mais retomo financeiro. Mas é, talvez, o mais aliciante e desafiante que temos, não só pelo tipo de estruturas mas também por estarmos a falar numa zona nobre de Lisboa. Dá-nos grande motivação e responsabilidade.»
Apresentado o projeto aos sócios, o próximo passo passa pela votação, em Assembleia Geral, da ‘Cidade Belenenses’, ainda antes da elaboração dos projetos finais para aprovação na Câmara Municipal de Lisboa.
«Ainda não temos data definida para a AG mas terá de ser feita num prazo de 180 dias. Já foi apresentado o projeto que, do ponto de vista arquitectónico, não é a versão final. Mas a ideia está lá e passa por aproveitar os 11 hectares do complexo, deixando de ter um centro de custos para passar a ter uma fonte de receitas», explica António Soares, que responde aos críticos: «Este é um projeto de grande envergadura, é natural haver vozes dissonantes. O presidente da mesa da AG (Carlos Pereira Martins) tomou uma posição que prefiro não comentar. Nesta altura há um sócio contra, o presidente da AG, e outro a favor, que sou eu. Os outros irão desempatar.»
Sobre a posição da SAD, liderada por Rui Pedro Soares, o presidente do Belenenses é claro: «Não vale a pena bater nessa tecla. O futebol profissional é uma coisa, o Belenenses é outra. Isto não diz respeito à SAD, mas ao clube e aos seus sócios.»
Caso a ‘Cidade Belenenses’ se torne uma realidade, o clube do Restelo passara a ter uma receita anual extraordinária de, no mínimo, 840 mil euros nos próximos 50 anos.
«Essa é a base mínima que o The Edge Group garante, haja ou não receitas. Faz parte do risco da nossa atividade. A partir dessa base a parte variável é partilhada, com o Belenenses a receber 25 por cento. Desde que não haja incumprimento do The Edge Group, o acordo de 50 anos é renovado automaticamente», explica José Luís Pinto Basto.
Para onde irão essas receitas?
«Para a melhoria das infra estruturas e para termos melhores jogadores e melhores equipas. Independentemente de agradecermos aos sócios que têm gerido as modalidades num momento difícil, a pouco e pouco queremos que elas voltem a ser dirigidas pela direção», diz António Soares, que assume o tema mais delicado em todo o processo: a possibilidade do Belenenses ter de pagar para utilizar as infra-estruturas que serão criadas, como o pavilhão e os campos de treino: «Percebi com os sócios que essa questão é delicada… e ainda está em aberto. Será discutida nestes 180 dias. O Belenenses tem interesse em maximizar a sua utilização e iremos chegar a um entendimento.»
Garantido no contrato está o facto de nenhuma receita poder ser antecipada por parte do Belenenses.

«Essa foi uma moda nos clubes de futebol. O Belenenses, por exemplo, tem duas bombas de gasolina e até tenho vergonha em dizer o que recebemos atualmente desses espaços. É ridículo. Os dirigentes têm de perceber que quando antecipam receitas comprometem o futuro e isso foi feito ao limite. Queremos precaver essa situação e deixamos isso blindado», explica António Soares.

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